A subversão
pelos fatos
O jornalista e historiador inglês Timothy Garton Ash, autor do recém-lançado volume “Os fatos são subversivos – Escritos políticos de uma década sem nome”, sobre os anos 2000 a 2010, editado pela Companhia das Letras, é bem conhecido pelo público culto anglo-saxão como defensor das democracias ocidentais. Afinal, ele havia coberto com entusiasmo, em livros e reportagens, toda a crise terminal do comunismo. Desde muito antes do desenlace ele visitava periodicamente os países então socialistas da Europa Oriental e da União Soviética. Assim, detectou precocemente os sinais da crise iminente e, depois, relatou maravilhado, como testemunha ao vivo, como se deram as chamadas revoluções democráticas na Tchecoslováquia, na Hungria, na Polônia, entre outros países. No novo livro, ele não parece tão encantado com as revoluções na Sérvia, Ucrânia, Belarus e Macedônia. Outros artigos são sobre o terrorismo, em especial o terrorismo islâmico, os Estados Unidos, a União Europeia... e até o Brasil. Seria interessante saber como esse firme paladino da democracia anglo-saxã comentaria os recentes acontecimentos relacionados com a secular manipulação da opinião pública na Grã-Bretanha, pelo conluio das autoridades com a grande mídia, e com a crise econômica americana, em que governo e oposição ignoram a maioria da opinião pública que quer aumentar os impostos sobre as grandes fortunas, reduzir os gastos militares e não cortar gastos sociais. – RENATO POMPEU
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