21 de janeiro de 2012

Energia eólica não seria tão inocente quanto parece

Em http://louisproyect.wordpress.com/2012/01/20/the-city-dark-windfall/, em inglês, o moderador da lista americana de notícias Marxism, Louis Proyect, comenta o documentário "Windfall", em que a diretora Laurie Israel, moradora na pequena cidade de Meredith, no Estado de Nova York, conta como foi a introdução da energia eólica na região de fazendas e sítios. Ao invés do paraíso verde prometido, os habitantes depararam com um projeto de turbinas de 330 metros de altura a 300 metros de suas casas, e com a impiedosa terraplenagem das áreas montanhosas para instalar as turbinas de vento, que tinham de ser embutidas em enormes massas de concreto; as estradas tiveram de ser alargadas, prejudicando a vegetação, para acomodar as lâminas das turbinas, lâminas que podem chegar a 60 metros de comprimento. Os habitantes ficam sujeitos a sons de baixa frequência, que provocam insônia, dores de cabeça e náusea, além de serem muito desagradáveis ao ouvido. Há ainda o problema das enormes sombras. A população se dividiu: os grandes granjeiros de leite, ramo em decadência, aplaudiram o ganho extra, mesmo porque muitos nem moram na região; os pequenos sitiantes se revoltaram com os danos à saúde e ambientais. Pessoas antes amigas entre si se tornaram adversárias, ou seja, as turbinas de vento também afetaram as relações sociais na cidadezinha.

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