Se o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad conquistou o apoio de governos progressistas e esquerdistas da América Latina, inclusive do Brasil de Lula, e se ele é considerado um campeão da luta anti-imperialista por grande parte da esquerda internacional, a verdade é que, pela própria esquerda do Irã seu regime é considerado fascista. Aliás, a grande preocupação da esquerda iraniana é diferençar-se dos setores "burgueses" que também se opõem ao regime xiita. Em http://revolutionaryflowerpot.blogspot.com/2009/11/khiaban-no-52-nature-and-destination-of.html, se reproduz em inglês um texto da revista esquerdista clandestina iraniana Khiaban, assinado por Amir K. (codinome por motivos se segurança), em que se lê:
"A resistência contra o fascismo sempre vai envolver diferentes partes da sociedade, de camadas das classes altas a funcionários de escritório, à juventude, classes trabalhadoras, populações rurais, desempregados, aposentados, etc. Uma olhada na base de classe dos mortos no curso dos protestos de rua vai provar essa realidade como evidente: Homens e mulheres, da juventude que veio a Teerã vinda de aldeias do Luristão para fazer trabalho manual, ao operário de fábrica, o engenheiro, estudante universitário, estudante de filosofia, secundaristas, gente de meia idade". Ou seja, os esquerdistas distinguem-se da oposição de classe alta ao regime de Teerã por sua diferença em relação aos objetivos da luta antifascista, mas concordam quanto ao caráter fascista do regime xiita.
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