19 de outubro de 2009

Só 44% dos assentados produzem para vender

A Folha da Paraíba, de João Pessoa, foi o jornal que mais bem noticiou a pesquisa do Ibope-Inteligência, realizada em setembro, entre mil assentados do nível 7 do Incra ("consolidado"), no Mato Grosso, Pará, Bahia, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais e Goiás, http://www.folhadaparaiba.com.br/. Diz o jornal:
"Para 39% a produção é suficiente apenas para o consumo da família, enquanto 44% afirmam vender o excedente e somente 17% declaram não produzir o suficiente para a sobrevivência da família. Entre as principais produções estão criação de gado (64%), plantação de milho (55%), legumes e verduras (50%), frutas (50%), criação de outros animais (46%), feijão (38%), arroz (28%) e mandioca (28%). A terra ocupada atualmente foi comprada de outras pessoas segundo 46% dos entrevistados, enquanto 39% declaram terem sido os primeiros beneficiários. O crédito rural do Pronaf é utilizado por 25% dos entrevistados. A renda média total do domicílio é de 1,7 salários mínimos".
Continua a Folha da Paraíba:
"As residências entrevistadas possuem, em média, 4,8 cômodos, sendo 2,3 usados para dormir. Apenas 14% não possuem banheiro ou sanitário e, entre os que possuem, 63% são fossa rudimentar e 32% fossa séptica. O piso de 67% das casas é revestido com cimento e 53% têm, nas paredes externas, tijolo ou bloco com revestimento.
O fogão a gás está presente em 93% dos domicílios, a TV em 90% e a geladeira em 88%. Quarenta e dois por cento possuem telefone celular e apenas 6% têm telefone fixo. Cerca de uma em cada quatro famílias entrevistadas possuem carro".
Diz ainda o jornal: "A escola mais próxima fica a cerca de 4,4 quilômetros de distância do assentamento, o posto de saúde a 8 quilômetros e o centro comercial a 10,6 quilômetros. A principal forma de locomoção é a caminhada para 52% dos entrevistados, ônibus ou lotação para 37%, carro para 30%, moto para 23% e bicicleta para 14%. Em 57% dos assentamentos não há transporte público." Finalmente, "entre as principais doenças que já atingiram o domicílio estão malária (29%), sarampo (19%) e dengue (15%)".

Um comentário:

Thaís Naldoni disse...

Grande Renato... parabéns pelo blog e obrigada pelo livro... foi um imenso prazer conhecê-lo. Abraços.