24 de outubro de 2009

Reflexões de aniversário

Estou completando hoje 68 anos de idade, e no ano que vem devo completar 50 anos de jornalismo profissional. Vi muitos sonhos de minha juventude serem derrubados com o Muro de Berlim vinte anos atrás, mas esses sonhos renascem com a perspectiva de lutarmos por um governo mundial, eleito por todos os adultos do planeta, mantida a autonomia dos governos nacionais, como se mantém na União Europeia, e para que esse governo tenha a função de regular os fluxos de investimentos e de mão-de-obra, estabelecendo um salário mínimo mundial, um salário máximo mundial, direitos trabalhistas em escala mundial, bem como a extensão das liberdades democráticas em escala mundial, e a intervenção em caso de conflitos armados. O que vocês acham? - Renato Pompeu

3 comentários:

natalia viana disse...

Renatão!!! Milhares de parabéns! Peço mil desculpas, mas acabei esquecendo da vida nesse fim-de-semana... Olha, toda felicidade do mundo e queria também parabenizar pelo seu blog que, como já era de se esperar, é incrível. Um beijão bem grande e duplo parabéns!

Anônimo disse...

numintendi1... o Muro era um sonho teu?

numintendi12: você acha que deveríamos ter um mecanismo estatal gigantesco regulando a extração de mais valia(salário máximo e mínimo) em escala mundial? esse é o sonho de todo capitalista!

Renato Pompeu disse...

Caro anônimo, eu poderia deletar o seu comentário, porque você não teve a gentileza de se identificar. Mas como você não disse nenhuma ilegalidade ou imoralidade, está livre para continuar anônimo. O Muro não fazia parte de meus sonhos, mas a história do Muro é mais complexa do que normalmente é apresentada. Na sua origem, não está somente o desejo de impedir fugas para o Ocidente - estas eram raras na época -, mas o desejo de combater o mercado negro por causa da convivência em Berlim Oriental das moedas ocidental, mais forte, conversível, e oriental, mais fraca, inconversível. A história é complicada demais para ser discutida num blog.
Quanto a salário mínimo e salário máximo, os capitalistas fogem com horror dessas duas coisas. Renato Pompeu