Em entrevista em inglês em http://www.zcommunications.org/the-first-socialist-international-of-the-21st-century-by-julio-chavez, o dirigente do Partido Socialista Unificado da Venezuela, Julio Chávez, defende que a Quinta Internacional recentemente convocada pelo presidente Hugo Chávez deva incluir governos como o do Irã. Diz Julio Chávez:
"Baseados na avaliação das experiências das quatro Internacionais anteriores, que tinham a Europa como seu epicentro, precisamente por causa da revolução industrial e das grandes contradições que foram expressadas no contexto do capitalismo em crescimento acelerado, que levaram ao seu mais alto estágio, o imperialismo, acreditamos que todas essas contradições foram transferidas para a América Latina e criaram na Venezuela as condições, as caracteríticas que tornaram possível uma convocação dessa natureza. Repito que a Quinta Internacional precisa tornar-se uma organização que seja permanente na sua natureza, que seja capaz de reunir todos os partidos de esquerda, movimentos sociais, indivíduos de destaque e correntes históricas de pensamento, e não apenas especificamente aqueles que adotam o projeto histórico do socialismo, mas que o antiimperialismo deveria ser o elemento comum que nos reúne a todos.
"Dizemos que essa convocação deve ter um caráter amplo, e é possível que em alguns países, como no Oriente Médio, haja organizações e movimentos lutando contra algumas expressões do imperialismo e do sionismo internacional, mas que não são socialistas na essência, no sentido programático. Mas, sem dúvida, estão lutando contra o imperialismo. É por isso que dizemos que poderia acontecer que, em alguns países islâmicos que não têm o socialismo como elemento ideológico, por exemplo o caso da Revolução Islâmica do Irã, que é antiimperialista, dizemos que esse elemento seria um elemento que deve convocar tantos partidos, organizações e movimentos do mundo quantos sejam necessários para a batalha, o confronto com o imperialismo".
Diante dessas declarações, convém lembrar que o governo fascista da Itália e o governo nazista da Alemanha também atacavam "o imperialismo anglo-americano" e "o sionismo internacional". E que o livro de Lenin, na edição original, se chamava "Imperialismo, estágio mais recente do capitalismo", e não "Imperialismo, o último estágio do capitalismo", nem "Imperialismo, o estágio mais elevado do capitalismo", como consta em edições posteriores.
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