3 de maio de 2013

A cultura de Bauman

Há algum tempo a revista Carta Capital me encomendou a seguinte resenha: A cultura de Bauman Aos 87 anos, o sociólogo polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman, um dos mais afamados sociólogos do mundo atual, deve pelo menos parte de sua originalidade ao autoritarismo do regime comunista da Polônia, do qual foi adepto a ponto de só ter ido não por vontade própria para a Inglaterra em 1971, em meio a uma campanha antissemita da Polícia Política polonesa. Acontece que, depois de ter lutado na Segunda Guerra contra os ocupantes nazistas, ele foi estudar sociologia na Universidade de Varsóvia, mas teve de mudar para filosofia porque as autoridades suprimiram a sociologia, como “disciplina burguesa”. Tendo assim formação superior em filosofia e sociologia, Bauman, além de dominar a sociologia como os melhores profissionais do gênero, também a vê com os olhos iluminados pela filosofia. Isso fica claro em seus “Ensaios sobre o conceito de cultura”, livro recém-lançado no Brasil pela Zahar. O original é de 1975, chamava “Cultura como práxis”, e é considerado por Bauman como o seu primeiro livro com voz própria, aos 50 anos, em que analisa a cultura como conceito, como estrutura e como práxis (isto é, como ação que muda o mundo). A edição brasileira conta com uma introdução feita já no século 21 para uma nova edição inglesa. - RENATO POMPEU

Nenhum comentário: