22 de novembro de 2013
Marx vai bem, marxismo vai mal
Da Carta Capital
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Marx vai bem,
marxismo vai mal
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A julgar pelo livro “Como mudar o mundo: Marx e o marxismo 1840-2011”, do famoso historiador britânico Eric Hobsbawm, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, imediatamente após o lançamento original em inglês, Marx vai muito bem, obrigado, mas o marxismo vai muito mal. Para Hobsbawm, as teses centrais de Marx continuam válidas ainda hoje, mas no século 20 o único marxista digno de nota foi o italiano Antonio Gramsci, os demais, como Lenin e Trotsky, não contam – e no século 21 não há ninguém. Também o leitor sai da leitura do livro sem saber como o mundo pode mudar, pois Hobsbawm só propõe obviedades. Mas, como ele é um historiador, e não um líder político, a obra é um apanhado muito bom sobre como Marx e o marxismo mudaram o mundo durante mais de um século. Nos informamos muito claramente sobre como Marx lidou com a movimentação intelectual e política de sua época. Temos importantes distinções sobre o que muitas vezes se confunde: Hobsbawm observa que uma coisa é o movimento trabalhista, outra coisa é o movimento socialista. Afinal, não é de hoje que o socialismo marxista e as aspirações dos trabalhadores seguem trilhas separadas. – RENATO POMPEU
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