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30 de dezembro de 2013
As manias do mestre de Lacan
Da Carta Capital
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Um mimo sobre
o mestre de Lacan
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Eis um livro que só existe no Brasil, “O grito da seda – Entre drapeados e costureirinhas, a história de um alienista muito louco”, com textos de 1908 e 1910 do psiquiatra francês Gaëtan Gattan de Clérambault (1872-1934), de que o célebre Jacques Lacan foi assistente, sobre a mania erótica de mulheres que se esfregavam com retalhos de seda. O livro tem ainda textos mais atuais sobre Clérambault, da pesquisadora francesa Danielle Arnoux e do pesquisador espanhol José María Álvarez. Foi organizado por Tomaz Tadeu, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, escritor e tradutor, e publicado pela Autêntica. O próprio Clérambault era obcecado pela seda e, como etnógrafo, dava aulas sobre drapeados na Escola Nacional Superior de Belas-Artes de Paris e ainda viajou pelo Norte da África fotografando drapeados. Sua vida inspirou o filme francês “O grito da seda”, de 1996. Suicidou-se a tiro por estar ficando cego por causa de catarata, tendo para se matar sentado a uma poltrona diante de um grande espelho, ficando rodeado por modelos de cera para a confecção de drapeados. Lacan o respeitava muito, mas sempre confundia seu prenome, chamando-o de Georges, ao invés de Gaëtan. Talvez Lacan ou Freud expliquem esse lapso, mas o difícil é explicar a vida, a obra e, principalmente, as manias de Clérambault. O livro faz parte da coleção Mimo e, de fato, é um presente delicado.
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