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9 de maio de 2010

Quinta Internacional deve incluir o Irã, diz dirigente venezuelano

Em entrevista em inglês em http://www.zcommunications.org/the-first-socialist-international-of-the-21st-century-by-julio-chavez, o dirigente do Partido Socialista Unificado da Venezuela, Julio Chávez, defende que a Quinta Internacional recentemente convocada pelo presidente Hugo Chávez deva incluir governos como o do Irã. Diz Julio Chávez:
"Baseados na avaliação das experiências das quatro Internacionais anteriores, que tinham a Europa como seu epicentro, precisamente por causa da revolução industrial e das grandes contradições que foram expressadas no contexto do capitalismo em crescimento acelerado, que levaram ao seu mais alto estágio, o imperialismo, acreditamos que todas essas contradições foram transferidas para a América Latina e criaram na Venezuela as condições, as caracteríticas que tornaram possível uma convocação dessa natureza. Repito que a Quinta Internacional precisa tornar-se uma organização que seja permanente na sua natureza, que seja capaz de reunir todos os partidos de esquerda, movimentos sociais, indivíduos de destaque e correntes históricas de pensamento, e não apenas especificamente aqueles que adotam o projeto histórico do socialismo, mas que o antiimperialismo deveria ser o elemento comum que nos reúne a todos.
"Dizemos que essa convocação deve ter um caráter amplo, e é possível que em alguns países, como no Oriente Médio, haja organizações e movimentos lutando contra algumas expressões do imperialismo e do sionismo internacional, mas que não são socialistas na essência, no sentido programático. Mas, sem dúvida, estão lutando contra o imperialismo. É por isso que dizemos que poderia acontecer que, em alguns países islâmicos que não têm o socialismo como elemento ideológico, por exemplo o caso da Revolução Islâmica do Irã, que é antiimperialista, dizemos que esse elemento seria um elemento que deve convocar tantos partidos, organizações e movimentos do mundo quantos sejam necessários para a batalha, o confronto com o imperialismo".
Diante dessas declarações, convém lembrar que o governo fascista da Itália e o governo nazista da Alemanha também atacavam "o imperialismo anglo-americano" e "o sionismo internacional". E que o livro de Lenin, na edição original, se chamava "Imperialismo, estágio mais recente do capitalismo", e não "Imperialismo, o último estágio do capitalismo", nem "Imperialismo, o estágio mais elevado do capitalismo", como consta em edições posteriores.

25 de novembro de 2009

CHÁVEZ CONVOCA A QUINTA INTERNACIONAL

Marx foi um dos fundadores da Associação Internacional de Trabalhadores. Depois veio a Segunda Internacional, que reunia partidos socialdemocratas na passagem do século 19 para o 20 e ainda hoje existe, com o nome de Internacional Socialista. A Internacional Comunista, que foi fundada a partir da Revolução Russa, passou a ser chamada Terceira Internacional, até que Stalin a dissolveu durante a Segunda Guerra Mundial. Antes disso, Trotski havia lançado a Quarta Internacional, que também sobrevive até hoje, dividida em várias facções e que só chegou brevemente ao poder no Sri Lanka e na Bolívia dos anos 1950.
Agora, no I Congresso Extraordinário do Partido Socialista Unificado Venezuelano-PSUV, o presidente da Venezuela e do partido, Hugo Chávez, lançou a idéia da Quinta Internacional. A história é contada em inglês em http://www.marxist.com/first-extraordinary-congress-psuv.htm, num artigo da revista inglesa In Defence of Marxism, de autoria do dirigente trotskista Alan Woods, simpatizante da Revolução Bolivariana. Assim começa o artigo, de 23 de novembro, referindo-se à sessão inaugural, a 21 de novembro:
''Na sessão de abertura do congresso do PSUV Chávez fez um discurso esquerdista muito radical, convocando o estabelecimento de uma nova Internnacional, explicando que ela é necessária para destruir o Estado burguês e substituí-lo por um Estado revolucionário, mas também se referindo à burocracia dentro do próprio movimento bolivariano. O discurso claramente refletiu a enorme pressão de baixo das massas que estão cansadas da falação sobre o socialismo, enquanto o progresso real rumo à mudança genuína parece frustrantemente lento".
Como pano de fundo, acabara de ser anunciado que o PIB venezuelano caiu 4,5% no terceiro trimestre.