1 de janeiro de 2010

AS CINCO (OU MAIS) GUERRAS QUE OS EUA ESTÃO TRAVANDO EM PAÍSES MUÇULMANOS

Em artigo na revista americana Salon, em http://www.salon.com/news/opinion/glenn_greenwald/2009/12/29/terrorism/index.html, o jornalista Glenn Greenwald, comentando artigo do jornal The New York Times, segundo o qual, aos frontes do Iraque e do Afeganistão, a "guerra contra o terror" acrescentou um "terceiro fronte", no Iêmen, explica que na verdade os Estados Unidos estão em guerra também no Paquistão e na Somália. De modo que, só em países islâmicos, os EUA estão empenhados em cinco guerras atualmente. Isso, diz Greenwald, além do conflito contra o Irã, que pode se agravar com as sanções mais pesadas a Teerã exigidas pelo Partido Democrata ao governo do presidente Barack Obama, e dos conflitos do "Estado-cliente dos EUA" (Israel) contra os palestinos, que podem se estender contra seus vizinhos árabes. Acrescenta o artigo que, mesmo assim, poderosos interesses americanos acusam o governo de Obama de sofrer de "uma alergia ao conceito de guerra" e que o frustrado atentado de um nigeriano a um avião que ia descer em Detroit só contribuiu para intensificar o ardor bélico dos dois grandes partidos e da mídia dos EUA. Comenta Greenwald que "é quase mais fácil contar os países islâmicos que não estamos atacando ou ameaçando do que contar os que estamos". Mas, mais importante é o fato de que o atentado do nigeriano não ocorreu por uma "maldade" inerente aos "terroristas": por mais que a mídia americana e internacional não dê o devido destaque, a Al Qaeda do Iêmen, em seus comunicados, tem proclamado abertamente que o atentado foi organizado como "retaliação" aos sucessivos ataques aéreos americanos contra regiões iemenitas, que mataram grande número de civis inocentes. Isto é, não fossem esses ataques dos EUA no Iêmen, o atentado do nigeriano não teria ocorrido.

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