24 de julho de 2011

Mídia, sem provas, acusou muçulmanos pelo atentado terrorista na Noruega

Em artigo na famosa revista americana Salon, em http://www.salon.com/news/opinion/glenn_greenwald/2011/07/23/nyt/index.html, em inglês, o jornalista Glenn Greenwald listou uma série de publicações que, sem provas, atribuíram a muçulmanos os atentados na Noruega, assim que foram noticiados. Entre os que acusaram os islamitas estão o jornal americano The New York Times, a rede britânica de rádio e televisão BBC, etc. Pior: o jornal, também americano, The Washington Post publicou uma coluna de Jennifer Rubin "explicando" por que os "terroristas" islâmicos tinham interesse em atacar a Noruega. Pior ainda: o The New York Times, mesmo depois de ter sido esclarecido que o terrorista era um norueguês que odeia os muçulmanos, continuou publicando que ele foi "inspirado" pela Al Qaeda. E o cúmulo do pior: depois que ficou sabido que os muçulmanos não eram responsáveis pelos atentados, o The New York Times deixou de considerar que se tratava de terrorismo. Eis o que o jornall publicou para justificar por que se "enganara"::
"Informações iniciais focaram a possibilidade de militantes islâmicos, em particular a Ansal Al-Jihahd Al-Alami, Ajudantes da Jihad Global, citada por alguns analistas como tendo reivindicado a responsabilidade pelos ataques. Autoridades americanas disseram que o grupo era previamente desconhecido e poderia até mesmo não existir.
"Havia muitas razões para a preocupação de que terroristas pudessem ser responsáveis".
Ou seja, agora que não há mais razão para atribuir os ataques a militantes islâmicos, não cabe mais a preocupação de que "terroristas pudessem ser responsáveis". Em suma, para o The New York Times, o mesmo ato, praticado por um militante islâmico, é "terrorismo", mas, praticado por um militante cristão, não é "terrorismo".

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