16 de setembro de 2011

EUA, modelo a seguir?


Há pouco tempo a revista Carta Capital publicou a seguinte resenha de minha autoria:

A democracia dos
EUA e o mundo

Durante décadas, por quase todo o século 20, os intelectuais progressistas em grande parte do mundo se inspiraram em diferentes formas de marxismo. Desde os anos finais do século passado, entretanto, enquanto alguns renitentes se mantêm, ou se dizem se manter, marxistas, um crescente número de intelectuais progressistas passou a defender a extensão da democracia capitalista, com todos os seus corolários, especialmente na sua forma americana (ou, no caso de uma minoria, na sua forma escandinava), para todo o mundo. Para eles, caiu do céu a obra “Declaração de Independência – Uma História Global”, em que o professor inglês da universidade americana de Harvard, David Armitage, detalha a história da influência da Declaração de Independência dos Estados Unidos em dezenas de países do mundo todo, que procuraram em diferentes ocasiões incorporar os direitos humanos tal como constam daquele documento. Exceções notórias são a Grã-Bretanha e a Independência do Brasil, dois casos em que não se invocaram os direitos humanos como direitos naturais. O livro foi lançado há quatro anos na edição original em inglês, e chegou agora ao Brasil, publicado pela Companhia das Letras. Como até mesmo um dos marxistas mais radicais do século 20, o italiano Toni Negri, agora defende a extensão a todo o planeta das instituições políticas americanas, a obra parece bem oportuna, nestes tempos de revoluções democratizantes até em países árabes. A peninha: importando-se as instituições políticas americanas, se importa também a sua combalida economia? – RENATO POMPEU


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