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14 de abril de 2013

EUA cúmplices de Pinochet

[Agência Pública] Crimes, mentiras e telegramas (livre reprodução desde que citada a fonte) CRIMES, MENTIRAS E TELEGRAMAS 11.04.13 | Por Jessica Mota e Marina Amaral#Wik... 2013/4/11 Agência Pública CRIMES, MENTIRAS E TELEGRAMAS 11.04.13 | Por Jessica Mota e Marina Amaral#WikiLeaksPlusD Pinochet, ao centro Cumplicidade de Pinochet e americanos nas violações de direitos humanos no Chile expressa-se em telegramas cínicos e cheios de gentilezas; Pinochet sugeriu ao embaixador canalizar recursos através do Brasil [+][-][*] 34 3 0 Ele liderou o bombardeio do Palácio de La Moneda por aviões da força aérea, derrubou o governo Allende e assumiu o poder no Chile durante 17 anos. Em 1977, quatro anos depois do golpe que levou o presidente eleito, Salvador Allende, ao suicídio, e instituiu a ditadura militar no Chile, seu governo foi condenado pela ONU pela crueldade – comprovada – exercida contra presos políticos. Foram 40.018 vítimas da ditadura militar – mortos, torturados e presos políticos – de acordo com a contabilidade oficial do governo do Chile, divulgada em 2011. Em 2012, quase seis anos após sua morte, uma investigação judicial no país determinou a abertura de seu testamento, revelando uma fortuna de US$ 26 milhões, dos quais somente US$ 2 milhões possuíam justificativa contábil. Com essas credenciais, parecem no mínimo inadequados os adjetivos escolhidos pelo embaixador americano no Chile, Nathaniel Davis, para descrever o comportamento de Augusto Pinochet em telegrama secreto enviado em 12 de outubro de 1973, um mês depois do golpe, quando dois jornalistas americanos – Frank Teruggi, 24 anos, e Charles Horman, 31 anos, estavam oficialmente “desaparecidos”. “Pinochet foi gracioso e eloquente ao expressar seu desapontamento com minha transferência”, descreveu Davis, que deixou o comando da embaixada três semanas depois e foi definitivamente substituído em fevereiro de 1974, referindo-se a uma reunião marcada a pedido do então chefe da Junta Militar no poder, que queria “um momento de tranquilidade para conversar” com o embaixador. “Ele disse que o Chile precisava enormemente de nossa ajuda, tanto econômica quanto militar, acrescentando que se o governo da Junta fracassar, a tragédia do Chile será permanente”, escreve Davis.“Aproveitei para lhe falar sobre nossos problemas políticos no momento: o debate sobre a Emenda Kennedy, e o problema de direitos humanos levantado pelos casos Teruggi e Horman”. Ele prossegue justificando mais um pedido de ajuda militar do ditador: “Pinochet argumentou que o governo chileno compartilha de nossas preocupações com os direitos humanos e que está fazendo o melhor possível para prevenir violações, acrescentando que não é fácil porque os extremistas de esquerda continuam a atacar oficiais e soldados e praticar atos de sabotagem. Os extremistas ainda têm metade de seu arsenal, disse Pinochet, e as fábricas de bazucas e outras armas ilícitas continuam clandestinas. Se o exército deixasse o problema escapar de controle, o resultado seria um banho de sangue bem maior do que o atual”. À luz do que se sabe hoje, o relato de Davis pode ser classificado de francamente cínico e mentiroso – e com a cumplicidade do destinatário. Não há registro da resposta de Kissinger ao telegrama de Davis. Mas a referida Emenda Kennedy tinha sido proposta pelo senador democrata Ted Kennedy, que se opunha ao governo Nixon e a seu secretário de Estado, Henry Kissinger, a quem se destinava o telegrama do embaixador. Aprovada no ano seguinte, essa emenda proibia a venda de armas e/ou ajuda militar americana a governos com denúncias de violação dos direitos humanos, e foi evocada diversas vezes pelos senadores americanos para suspender o suprimento militar ao Chile, embora o secretário de Estado, Henry Kissinger, defendesse que apoio militar e direitos humanos eram “assuntos diferentes”. Desde 1975, com a conclusão do Church Report, o relatório do senador americano Frank Church, a participação ativa dos Estados Unidos no golpe do Chile era conhecida. Quanto aos casos dos jornalistas desaparecidos dias depois da derrubada de Allende, a explicação é mais complexa – e bem mais comprometedora para o embaixador, principalmente depois que o caso Horman se tornou mundialmente conhecido através do filme “Desaparecido” (“Missing”) de Costa Gravas, lançado em 1982. Nele, o cineasta retrata a busca desesperada do pai e da mulher de Horman e as fortes suspeitas de envolvimento da embaixada americana no desaparecimento do jornalista logo depois do golpe militar no Chile. O autor dos telegramas publicados aqui, o embaixador Nathaniel Davis, vestiu a carapuça e entrou com um processo de 150 milhões de dólares contra Costa Gravas. O filme foi proibido de ser exibido durante a disputa judicial, que terminou com a vitória do cineasta. O capitão americano Ray E. Davis, adido militar da embaixada, foi acusado de cumplicidade no assassinato de Horman e teve sua extradição dos Estados Unidos pedida em dezembro de 2011 por um juiz chileno durante investigação sobre os crimes da ditadura. A EMBAIXADA OCULTA OS ASSASSINATOS DOS JORNALISTAS Dois meses antes do golpe, com a ajuda do jovem Teruggi, o jornalista investigativo Charles Horman havia publicado no jornal alternativo FIN uma história sobre o envolvimento da CIA na desestabilização do governo Allende. Casualmente acabou descobrindo mais detalhes em uma viagem de turismo realizada a pedido de uma amiga americana, na véspera do golpe, ao litoral chileno, onde estavam as forças de apoio da Marinha. Horman e a amiga ficaram retidos em Viña Del Mar – as estradas haviam sido bloqueadas pelos golpistas -, e voltaram à capital chilena no dia 15 de setembro de 1973, de carona com o chefe da missão militar americana, o capitão Ray E. Davis, que lhes relatou milhares de prisões e centenas de mortes na Santiago pós-golpe. Dois dias depois, Charles Horman foi preso dentro de sua casa, na frente de sua mulher – e nunca mais foi visto vivo. Documentos liberados a partir de 1999 pelo governo americano incriminaram o capitão Davis e apontaram a cumplicidade da embaixada dos Estados Unidos em Santiago na ocultação do crime. No dia 9 de outubro, três dias antes do cínico telegrama de Davis – que sabia do real destino dos jornalistas – a embaixada publicou um anúncio do desaparecimento de Horman, por pressão de seu pai, que só deixou Santiago depois que o corpo do filho e de Teruggi foram “encontrados” nas ruas de Santiago com marcas de execução, no dia 18 de outubro de 1973. No dia anterior, Edmund Horman, o pai do jornalista, havia visitado a Fundação Ford em Santiago e ouvido de um consultor de programas da fundação que uma fonte confiável havia lhe dito que o seu filho havia sido executado no Estádio Nacional, o centro de interrogatórios, torturas e execuções do governo chileno. Só então o governo americano – que chegou a declarar que os jornalistas haviam retornado aos Estados Unidos – reconheceu a morte e emitiu a certidão de óbito de Charles Horman, cuja autópsia, assinada por um médico do necrotério do Chile, coloca como causa da morte “múltiplos ferimentos por bala”. O corpo de Teruggi, preso quatro ou cinco dias depois de Harmon, foi encontrado no mesmo dia e nas mesmas condições. O EMBAIXADOR SE ENTENDE COM PINOCHET: CANALIZANDO RECURSOS PELO BRASIL No mesmo 18 de outubro de 1973, dia em que o governo americano finalmente reconheceu o assassinato do jornalista, o embaixador Davis enviou um telegrama o Departamento de Estado de Kissinger com o seguinte sumário no alto da página: “Convoquei o presidente da Junta, Pinochet, dia 17 de outubro. A conversa revelou a preocupação com o governo do Chile com sua imagem nos Estados Unidos. E sensibilidade para a necessidade de cautela para ambos os governos, americano e chileno, em relação ao estreitamento excessivo da identificação pública [entre os dois governos] (…). O presidente do PDC [Partido Democrata Cristão] Aylwin e o Cardeal Silva planejam visitar os Estados Unidos para tentar ajudar no problema da imagem pública do Chile”. No corpo do longo telegrama secreto enviado a Kissinger, o embaixador – que não diz uma palavra sobre o reconhecimento da morte de Horman que se deu naquele mesmo dia – muda de tom. Explica que seguiu a “rotina diplomática, pedindo o encontro protocolarmente há duas semanas” e que na mesma tarde, Pinochet, que estava “relaxado e amigável”, também recebeu “outros embaixadores”. Ao tratar da questão econômica no Chile e da cooperação financeira dos EUA, o embaixador conta que Pinochet falou rapidamente com o ministro de Relações Exteriores chileno, Ismael Huerta Díaz, em visita aos Estados Unidos, e que ficou com a impressão que o resultado da viagem seria positivo. “Ele sorriu e disse que entende que nós gostaríamos de ser prestativos, mas em alguns casos a ajuda deveria canalizada em breve através do Brasil ou de terceiros”, acrescentou o embaixador. De fato, como revelaram os jornalistas Rubens Valente e João Carlos Magalhães, da Folha de S Paulo, em novembro daquele ano o Brasil governado pelo general Emilio Médici liberou US$ 50 milhões ao Banco Central chileno para estimular exportações do Chile. O Brasil também abriu linhas de financiamento na Carteira de Crédito para Exportação do Banco do Brasil para empresários brasileiros interessados em vender para o Chile e em adquirir cobre das jazidas chilenas. Na conversa com Pinochet, o embaixador Davis prosseguiu: “Mencionando o fato que o governo americano tinha levado uma quantidade considerável de suprimentos médicos para o Chile, eu disse que seria útil divulgar essa ajuda em uma materinha na imprensa. E acrescentei que nós ficaríamos felizes em seguir qualquer preferência ou orientação de Pinochet a esse respeito. Disse que achava que seria útil naquele momento exibir nosso interesse e apoio no campo humanitário. Pinochet disse que achava uma boa ideia. Seu comentário foi o de que a publicidade deveria se restringir a coisas humanitárias e que deveríamos ficar bem quietos a respeito de nossa cooperação em outros campos”. Entre parêntesis, o embaixador acrescentou: “Comentário: Tanto em relação à canalização da ajuda através de outro país como sobre a publicidade, Pinochet está mostrando uma compreensão considerável e ao menos alguma sensibilidade aos problemas que nossos países enfrentam”. Ainda sobre o assunto, o embaixador relata: “Pinochet me disse que o Cardeal Silva lhe prometeu que tentaria ajudar com o problema da imagem do Chile no exterior. Pinochet acha que talvez o cardeal possa viajar para Washington e falar com o senador Kennedy e outros políticos e religiosos dentro de uma ou duas semanas. Eu comentei que o cardeal era muito respeitado como uma liderança progressista na Igreja que ele teria uma influência considerável”. Novamente entre parêntesis, o embaixador comenta que o presidente do PDC tinha ligado pra ele na manhã daquele dia e que também estava pensando em viajar ao exterior: “Aylwin espera convencer Kennedy e outros líderes democratas de que o Chile precisa da ajuda econômica americana porque uma rápida recuperação do país permitiria que ele voltasse à democracia institucional. Mas expressou alguns escrúpulos morais sobre envolver seu partido profundamente com a Junta, principalmente porque ele teme que a Ley de Fuga esteja sendo usada para eliminar oponentes extremistas”. A VITÓRIA DE PINOCHET E SEUS ALIADOS NO GOVERNO AMERICANO Um telegrama de 3 de abril de 1974, às vésperas de Pinochet ser nomeado definitivamente presidente da República pela Junta Militar, mostra que a estratégia de Davis – a essa altura substituído por David Popper à frente da embaixada – e o general foi bem sucedida. Em uma reunião cordial de 40 minutos com o secretário americano do Tesouro, George Schultz, Pinochet agradece a “ajuda indireta” dos EUA, “sem especificar o tipo”, ressalta o embaixador que aproveita para transmitir os cumprimentos do presidente Nixon, ao que Pinochet agradece, “referindo-se calorasamente à carta que Mrs. Nixon lhe entregou em Brasília”. Pinochet também promete compensar financeiramente os Estados Unidos através das minas de cobre e quando questionado por Schultz sobre direitos humanos, responde, segundo Popper que “depois dos eventos de setembro de 1973 [quando houve o golpe militar], não havia outra maneira de impedir a infiltração da esquerda”, mas que “a autoridade de seu governo sempre seria exercida dentro dos limites de respeito pelo indivíduo como ser humano”. Como prova da liberdade no Chile, dá o seguinte exemplo: “Como o secretário podia ver, se a situação retratada por líderes da oposição chilena no exterior perdurasse, não haveria crianças chilenas nas ruas nem mulheres dirigindo carros”. E “enfatizou a importância que representou para todo o hemisfério livrar o Chile do atraso comunista”. Em outro momento, Pinochet diz a Popper: “O governo do Chile é um governo cristão que, diferente dos regimes comunistas, tem respeito autêntico pela pessoa humana”. Reconhecendo que “incidentes isolados de abusos ainda ocorrem porque as pessoas ‘não são perfeitas’”, o ditador adverte que os que denunciam as violações de direitos humanos “não são anjos”, e que teriam seus próprios motivos para fazer tais denúncias. Passado quase um ano do encontro com o Secretário, em janeiro de 1975, quando o Senado americano cobrava a investigação dos crimes contra dos direitos humanos cometidos no Chile e a participação americana nos delitos, Pinochet concluiria uma conversa por telefone com o embaixador Popper falando sobre “amizade”: “Um dia os Estados Unidos entenderão que o Chile é um verdadeiro amigo – provavelmente o melhor – e talvez o único verdadeiro amigo no hemisfério. No nosso caso, isso sempre foi verdade, e agora é muito tarde para mudar”.

24 de janeiro de 2013

Argentina: "protetorado" do Brasil e Chile?

Em artigo a 24 de janeiro, quinta-feira, no jornal La Nación, de Buenos Aires, em http://www.lanacion.com.ar/1548409-somos-un-protectorado-de-chile-y-brasil, em castelhano, o pesquisador Carlos Escudé, depois de lembrar que nos últimos anos o Brasil tem gastado 2,6 por cento de seu PIB com as Forças Armadas, e o Chile 2,7 por cento, em comparação com 0,8 por cento da Argentina, chega à conclusão de que a Argentina só continua existindo como nação territorialmente íntegra porque o Brasil e o Chile a tratam como um "protetorado". Diz que a Argentina não teria condições de resistir mais de 24 horas a um "ataque do Paraguai" e conclui: "Esto significa que, actualmente, la Argentina es un Estado a medias, en tanto sigue siendo un Estado sólo porque sus vecinos más importantes, Brasil y Chile, quieren que siga siendo un Estado".

30 de dezembro de 2012

Chile: pedida a prisão de oficiais pelo assassínio do cantor e compositor Victor Jara

Em http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-20861432, a BBC informa, em inglês, que oito oficiais reformados chilenos tiveram sua prisão decretada, acusados do assassínio do cantor e compositor Victor Jara, cujo cadáver foi encontrado crivado de 44 balas numa rua de Santiago logo após o golpe de 1973. Jara teria sido preso e levado ao Estádio Nacional, onde foi torturado e morto. Entre os acusados estão o tenente Pedro Barrientos Núñez, que mora no Exterior, e o coronel Hugo Sánchez Marmonti.

31 de maio de 2012

Neruda: morte estaria sendo investigada

Segundo a rede de TV Al-Jazira, em http://www.aljazeera.com/indepth/features/2012/05/201252172550321452.html, em inglês, a Justiça chilena estaria investigando a morte em 1973, logo depois do golpe, do poeta Pablo Neruda. Suspeita-se que ele teria morrido, não de causas naturais, como foi informado na época, mas de uma injeção de veneno, por um médico ligado à repressão. O estranho é que a notícia não mereceu destaque na mídia ocidental.

30 de dezembro de 2010

Racismo no Chile

Segundo nota da agência de notícias PSI, divulgada na lista argentina Reconquista Popular por Néstor Gorjovsky,nmgoro@gmail.com , está tendo grande repercussão no Chile a queixa de José Corvacho Toledo, 43 anos, chileno descendente de africanos, de que foi demitido do Fundo de Solidariedade e Investimento Social de Arica, Norte do país, onde trabalhava há 15 anos, pelo novo diretor local, Patricio Piña, ex-governador nos tempos do general Pinochet, que teria dito, segundo Corvacho, "Não trabalho com negros". A direção nacional do Fundo prometeu "o máximo rigor" contra Piña, se a acusação for comprovada.

5 de setembro de 2010

Mineiros soterrados no Chile teriam tido os salários suspensos

Segundo nota enviada por Beth Buczynski, em http://www.care2.com/causes/human-rights/blog/trapped-chilean-miners-docked-pay-while-undeground/, em inglês, os 33 mineiros chilenos presos num subterrâneo na mina de San Esteban tiveram os salários suspensos pela empresa dona da mina, empresa que por sinal não estaria atuando no salvamento de seus trabalhadores. De acordo com a nota, a sindicalista Evelyn Olmos teria informado que a San Esteban comunicou não ter dinheiro para pagar ao mesmo tempo os salários e as indenizações devidas aos mineiros.

11 de março de 2010

Chile: o que a mídia não informa

Em artigo em inglês em http://www.commondreams.org/view/2010/03/09-4, se revela que o Chile, entre 124 países, é o 12.o de maior desigualdade de renda, segundo estudo do Banco Mundial em 2005. Os 20 por cento de chilenos mais ricos abocanham 50 por cento da renda nacional, enquanto os 20 por cento mais pobres ficam com apenas 5 por cento. E 14 por cento dos chilenos vivem "na mais abjeta pobreza", diz o articulista Roger Burbach. Isso explicaria os recentes saques.
Outro fato pouco conhecido vem sendo a busca por milhares de chilenos de cuidados m[edicos em pa[ises vizinhos, como a Argentina e o Peru, devido ao alto custo da assist"encia de sa[ude no Chile, por causa da privatiza;'ao. A pr[opria m[idia conservadora chilena, no entanto, se preocupa com o assunto, como mostra artigo de setembro [ultimo do jornal de Santiago El Merc[urio, que apoiou o golpe de Pinochet, reproduzido por Juan Mar[ia Escobar escobar45@infovia.com.ar na lista de not[icias argentina Reconquista Popular. Segue abaixo o artigo, em castelhano.

El Mercurio, Santiago de Chile, Lunes 21 de Septiembre de 2009Argentina y Perú reciben flujo de pacientes desde zonas extremas:Chilenos cruzan la frontera para buscar mejor atención en saludEn Tacna (Perú) son atendidos a precios baratos y sin espera. En los hospitales de Argentina nacen niños chilenos y los pequeños poblados tienen especialistas.Mauricio Silva, S. Neira y J. Molina Cientos de chilenos de apartados rincones del territorio cruzan rutinariamente la frontera buscando en los países vecinos una alternativa a las largas esperas y la falta de especialistas en sus localidades.En su mayoría son personas de recursos escasos o medios, que no encuentran en las consultas privadas nacionales una oferta viable y expedita. A ello suman un alto costo al compararlo con los honorarios de médicos argentinos y peruanos.La migración transfronteriza de pacientes es antigua en zonas como Arica, Palena y Chile Chico, donde la precariedad local resalta más con la oferta foránea. Pero hoy se está institucionalizado. En Perú, el municipio de Tacna instaló este año un moderno centro de Salud, con médicos de Lima. Tres mil kilómetros al sur, el Servicio de Salud del Reloncaví pagó en el último lustro $160 millones a hospitales argentinos, por 4.300 atenciones a pacientes afiliados a Fonasa.Niños que nacen en ArgentinaLos pacientes se juntan al alba en Futaleufú, para tomar un bus que en dos horas los lleva al hospital argentino de Esquel. Allí hay especialidades que en Chile ellos sólo hallan en Puerto Montt, a una noche de viaje por mar o un día por tierra. Es la realidad de Palena, comuna que sólo tiene médicos generales y deriva sus complicaciones a hospitales argentinos. No son muy modernos. El de Esquel es una antigua construcción de los años 40, pero tiene especialistas.Las 32 embarazadas de la comuna están a la expectativa de cruzar la frontera ante complicaciones. En 2005 fueron dos y en 2008 sumaron 8 los paleninos que nacieron en Argentina y luego fueron inscritos en Chile.Ante esta situación, la autoridad local de salud optó por pagar a sus similares argentinas las prestaciones a pacientes chilenos afiliados a Fonasa, que son el 69% de los 10.698 habitantes de la zona. La construcción de un hospital en Palena recién partiría en 2011.Consulta a $1.000 y sin esperaHasta el 31 de agosto 570 mil chilenos habían cruzado a Tacna atraídos por sus bajos precios en ferias, restoranes y consultorios de salud. "Si no vinieran los chilenos, esta ciudad se hundiría y las consultas cerrarían", dice el dentista Oscar Taddey, mientras muestra el banderín de Cobreloa y dos moáis de cobre, obsequio de sus pacientes.En Tacna hay 73 consultorios médicos, 89 odontológicos, 44 centros ópticos, 5 centros médicos y 9 policlínicos. Además hay cientos de consultorios irregulares que se escapan a los cuatro fiscalizadores de Salud.Desde enero, la vedette es el "Hospital de la Solidaridad", que el municipio inauguró junto a la carretera a Arica. No brinda hospitalizaciones, pero es un moderno centro de salud espacioso, limpio y con televisores de pantalla plana para acortar las esperas. Y cuenta con especialistas de Lima, que cobran en soles el equivalente a poco más de $1.000 la consulta.El paciente es atendido sin hora previa y, en la misma mañana, es auscultado y sometido a exámenes en modernos equipos. "Hoy me vio un médico general, un oculista, un ginecólogo y un cirujano. Me tomé una ecografía. Todo por $20 mil. En la consulta municipal en Arica me daban hora en dos años", dice la cesante ariqueña Johana Lemo (43) al regresar de Tacna por el paso Chacalluta.De Chile Chico al AtlánticoChile Chico, en Aisén, tiene 2 mil habitantes y cuatro médicos generales. El hospital de Coihaique está 400 kilómetros al norte, a 8 horas por la carretera Austral o 4 en barcaza, si hay buen tiempo. Pero a 5 kilómetros está el pueblo argentino de Los Antiguos, con 1.500 habitantes y especialistas en su hospital.Sirve para el dentista, el pediatra y el ginecólogo, pero cuando se requieren especialidades complejas, los chilenos de esta zona viajan hasta Comodoro Rivadavia, urbe argentina a casi 450 kilómetros en la costa atlántica, pero con caminos pavimentados. "Allí hay todas las especialidades y no existe el drama de conseguir hora. Además, la salud es más barata", dice el edil Luperciano Muñoz. Cada año cruzan por el paso Jeinimeni 60 mil personas.________________________________________SI RECONQUISTA-POPULAR LE RESULTA ÚTIL, CONSIDERE LA POSIBILIDAD DE BRINDARLE APOYO FINANCIERO. HAGA UN DEPÓSITO EN LA CUENTA 3-72081/5 DEL BANCO FRANCÉS, O CONTÁCTESE CON recpopad@gmail.com
El Mercurio, Santiago de Chile, Lunes 21 de Septiembre de 2009Argentina y Perú reciben flujo de pacientes desde zonas extremas:Chilenos cruzan la frontera para buscar mejor atención en saludEn Tacna (Perú) son atendidos a precios baratos y sin espera. En los hospitales de Argentina nacen niños chilenos y los pequeños poblados tienen especialistas.Mauricio Silva, S. Neira y J. Molina Cientos de chilenos de apartados rincones del territorio cruzan rutinariamente la frontera buscando en los países vecinos una alternativa a las largas esperas y la falta de especialistas en sus localidades.En su mayoría son personas de recursos escasos o medios, que no encuentran en las consultas privadas nacionales una oferta viable y expedita. A ello suman un alto costo al compararlo con los honorarios de médicos argentinos y peruanos.La migración transfronteriza de pacientes es antigua en zonas como Arica, Palena y Chile Chico, donde la precariedad local resalta más con la oferta foránea. Pero hoy se está institucionalizado. En Perú, el municipio de Tacna instaló este año un moderno centro de Salud, con médicos de Lima. Tres mil kilómetros al sur, el Servicio de Salud del Reloncaví pagó en el último lustro $160 millones a hospitales argentinos, por 4.300 atenciones a pacientes afiliados a Fonasa.Niños que nacen en ArgentinaLos pacientes se juntan al alba en Futaleufú, para tomar un bus que en dos horas los lleva al hospital argentino de Esquel. Allí hay especialidades que en Chile ellos sólo hallan en Puerto Montt, a una noche de viaje por mar o un día por tierra. Es la realidad de Palena, comuna que sólo tiene médicos generales y deriva sus complicaciones a hospitales argentinos. No son muy modernos. El de Esquel es una antigua construcción de los años 40, pero tiene especialistas.Las 32 embarazadas de la comuna están a la expectativa de cruzar la frontera ante complicaciones. En 2005 fueron dos y en 2008 sumaron 8 los paleninos que nacieron en Argentina y luego fueron inscritos en Chile.Ante esta situación, la autoridad local de salud optó por pagar a sus similares argentinas las prestaciones a pacientes chilenos afiliados a Fonasa, que son el 69% de los 10.698 habitantes de la zona. La construcción de un hospital en Palena recién partiría en 2011.Consulta a $1.000 y sin esperaHasta el 31 de agosto 570 mil chilenos habían cruzado a Tacna atraídos por sus bajos precios en ferias, restoranes y consultorios de salud. "Si no vinieran los chilenos, esta ciudad se hundiría y las consultas cerrarían", dice el dentista Oscar Taddey, mientras muestra el banderín de Cobreloa y dos moáis de cobre, obsequio de sus pacientes.En Tacna hay 73 consultorios médicos, 89 odontológicos, 44 centros ópticos, 5 centros médicos y 9 policlínicos. Además hay cientos de consultorios irregulares que se escapan a los cuatro fiscalizadores de Salud.Desde enero, la vedette es el "Hospital de la Solidaridad", que el municipio inauguró junto a la carretera a Arica. No brinda hospitalizaciones, pero es un moderno centro de salud espacioso, limpio y con televisores de pantalla plana para acortar las esperas. Y cuenta con especialistas de Lima, que cobran en soles el equivalente a poco más de $1.000 la consulta.El paciente es atendido sin hora previa y, en la misma mañana, es auscultado y sometido a exámenes en modernos equipos. "Hoy me vio un médico general, un oculista, un ginecólogo y un cirujano. Me tomé una ecografía. Todo por $20 mil. En la consulta municipal en Arica me daban hora en dos años", dice la cesante ariqueña Johana Lemo (43) al regresar de Tacna por el paso Chacalluta.De Chile Chico al AtlánticoChile Chico, en Aisén, tiene 2 mil habitantes y cuatro médicos generales. El hospital de Coihaique está 400 kilómetros al norte, a 8 horas por la carretera Austral o 4 en barcaza, si hay buen tiempo. Pero a 5 kilómetros está el pueblo argentino de Los Antiguos, con 1.500 habitantes y especialistas en su hospital.Sirve para el dentista, el pediatra y el ginecólogo, pero cuando se requieren especialidades complejas, los chilenos de esta zona viajan hasta Comodoro Rivadavia, urbe argentina a casi 450 kilómetros en la costa atlántica, pero con caminos pavimentados. "Allí hay todas las especialidades y no existe el drama de conseguir hora. Además, la salud es más barata", dice el edil Luperciano Muñoz. Cada año cruzan por el paso Jeinimeni 60 mil personas.________________________________________SI RECONQUISTA-POPULAR LE RESULTA ÚTIL, CONSIDERE LA POSIBILIDAD DE BRINDARLE APOYO FINANCIERO. HAGA UN DEPÓSITO EN LA CUENTA 3-72081/5 DEL BANCO FRANCÉS, O CONTÁCTESE CON recpopad@gmail.com

2 de março de 2010

Chile: obras públicas de construção privatizada teriam resistido menos ao terremoto do que as antigas de construção estatal

Declaração do Movimento da Esquerda Revolucionária do Chile, de sigla MIR em castelhano, afirma o seguinte:
"(...) As estradas e pontes antigas feitas pelo Estado resistiram ao terremoto. Não as novas vias expressas na capital. As vias expressas que foram privatizadas pelo Governo de Coalizão, que foram alardeadas como investimento público-privado, não resistiram a nenhum movimento sísmico e estão destruídas. Apesar de milhões em subsídios do governo, apesar de contratos, apesar dos pedágios cobrados aos usuários, todas as pontes e passagens para pedestres desabaram, matando pessoas e ferindo muitas mais. (...) A Democracia Cristã, a partir de seu controle sobre o Ministério da Habitação, legou tantos escândalos e tanta corrupção ao construir habitações de baixo custo que a Coalizão privatizou a construção de habitações de baixo custo. Agora, com o terremoto, as pessoas estão sendo despejadas porque suas casas são perigosas".
Trechos da declaração do MIR, em inglês, foram enviadas por Jon Flanders jonathan.flanders@verizon.net à lista de notícias americana Marxism.