3 de fevereiro de 2010

Dalton Trevisan, epígono de si próprio

Recentemente a revista Carta Capital me encomendou a seguinte resenha:

O epígono de si mesmo

O novo livro do escritor paranaense Dalton Trevisan, um dos mais famosos contistas do País, “Violetas e pavões”, editado pela Record, deve ser lido como a obra de um epígono... do próprio Dalton Trevisan. Para quem nunca leu Trevisan, os contos surpreenderão pelo insólito da forma e do conteúdo. Uma linguagem trabalhada para ser ao mesmo tempo coloquial, concisa e chocante e um universo “normal na sua anormalidade” atingem como uma novidade, a de uma, digamos, brutalidade amena e tranquila, o leitor que nunca leu esse autor. Ali estão escatologias sexuais escandalizantes, hediondos crimes gratuitos, sossegadas mentalidades torpes, narradas neutra e assepticamente como fatos comuns e mesmo ordinários (em todos os sentidos do termo) de um cotidiano a rigor modorrento que, mesmo sendo bárbaro, nos é familiar. Mas, para quem já leu obras-primas como “O vampiro de Curitiba” e outros grandes trabalhos de Dalton Trevisan, as violetas e pavões soarão como imitações e mesmo pastiches, por um escritor menor, de um escritor maior. – RENATO POMPEU

Um comentário:

Andrea DiP disse...

Ei Renatão!
Passarei sempre por aqui!
Amiga e fã.