12 de fevereiro de 2010

Sindicalista iraniano fala da repressão aos trabalhadores em seu país

Em entrevista dada ao educador americano Bill Balderston, integrante da ONG Trabalho dos EUA Contra a Guerra, publicada em inglês em http://www.labornotes.org/blogs/2010/01/interview-iran-labor-activists-face-repression, um militante trabalhista iraniano, identificado com pseudônimo por questões de segurança, afirma que o atual governo iraniano é, desde a revolução islâmica, o que mais tem reprimido as reivindicações dos trabalhadores. Mais de 60 por cento dos trabalhadores têm contrato por tempo determinando, anulando os efeitos da lei de trinta anos atrás que dificultou as demissões. Além disso, o governo de Ahmadinejad tem promovido privatizações em escala massiva, anulando os efeitos da nacionalização de 70 por cento da economia quando da revolução. Essa é mais uma indicação de que, enquanto setores da esquerda internacional apontam o Irã como exemplo de "luta anti-imperialista", a própria esquerda iraniana se opõe ao regime iraniano, mesmo com o risco de se confundir com os integrantes pró-americanos das elites locais.

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