Em entrevista em inglês em http://www.charlierose.com/view/interview/11032, ao pesquisador Charlie Rose, o líder do Birô Político do Hamas, Khaled Meshaal, procurado pelas autoridades de Israel como responsável pela morte de civis israelenses, e que se considera alvo de tentativas de assassínios por agentes de Israel, disse que a luta do Hamas é legítima porque é uma reação a uma agressão israelense, esta efetuada por meio da ocupação dos territórios palestinos. Mas esclarece que a luta dos palestinos contra Israel cessará quando cessarem os motivos que a desencadearem, isto é, quando cessarem a ocupação e seus efeitos.
Acrescenta que, caso ocorra a retirada de Israel para as fronteiras de 1967, reconhecidas internacionalmente, e caso seja constituído o Estado palestino, ainda restará a resolver o problema dos palestinos que viviam nas fronteiras de 1948, estabelecidas pela ONU e que davam ao Estado árabe territórios hoje reconhecidos internacionalmente como pertencentes a Israel. (Ou seja, ele não menciona os palestinos que viviam nos territórios reservados ao Estado judeu pela resolução da ONU em 1948).
Igualmente, segundo o líder do Birô Político do Hamas, caso seja constituído o Estado palestino, cessará a luta atual contra Israel. Mas o futuro das relações do Estado palestino com Israel, de acordo com Meshaal, seria decidido democraticamente pelo povo palestino dentro de seu Estado, por exemplo, por meio de um referendo ou de um plebiscito. Ou seja, ele não dá garantias de que as relações do Estado palestino com Israel seriam pacíficas, pois a decisão democrática dos palestinos pode ser o não-reconhecimento do Estado judeu.
Em suma, nenhum dos lados quer dar plenas garantias ao outro.
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