1 de janeiro de 2012

Brasileiros não estudam as elites

Nos meios acadêmicos brasileiros, dá-se preferência a estudar a história e o presente das camadas populares, o que é importante para dar voz e memória a quem não tem. Mas as camadas populares, mais do que a si próprias, querem mais é conhecer como vivem e como viveram as elites. Por isso é importante os pesquisadores brasileiros conhecerem o trabalho do argentino Rubén Furman, que em http://www.infonews.com/2011/12/26/politica-4725-200-argentinos---joe-y-los-martinez-de-hoz.php, em castelhano, estuda uma das principais famílias das elites da Argentina, a família Martínez de Hoz.
 O primeiro Martínez de Hoz argentino, na passagem do século 18 para o século 19, era traficante de escravos e foi um dos líderes da independência. Um aeu neto, em 1866, foi um dos fundadores da Sociedade Rural Argentina, um dos mais importantes bastiões do conservadorismo no país. Um bisneto foi líder fascista nos anos 1930. Finalmente, José Martínez de Hoz foi ministro da ditadura de 1976. São raros, porém, os estudos brasileiros sobre as elites nacionais.

Um comentário:

Rodolfo Sant'Ana Gomes Alvares de Abreu disse...

Olá Renato, venho dando atenção a vários assuntos e vejo a pluralidade de suas matérias e fico muito feliz com suas análises. Este tema que nos toca de maneira incontestável que são os processos de privatização do Estado? Temos muitos castelos, pois não temos acompanhamento ou processo de arguição, alfabetização de adultos ou conscientização da massa que quem trabalha não tem nada, e que é livre morro, cata lixo, e não tem casa. Os que não dependem do Governo Brasileiro, com bolsa família perdem suas terras ancestrais! Em virtude do roubo! Sou fruto do roubo, e sou fruto da terra e filho da mãe, o pai me torna escravo e o espirito santo me cativa, Viva a história da estória brasileira cultura de sobrepujar a cultura da terra, sobreviver e ser! A natureza no Brasil é uma grande Mulher traída, nunca se sabe a consequência da sua fúria, tem gente que pensa em proteção e o Brasil na ínfima sustentabilidade! Quem sabe um dia decentes tenhamos conteúdos docentes históricos para um publico discente presente para formar uma sociedade digna e diversificada e sem castras!