25 de novembro de 2010

Contistas importantes

O Diário do Comércio de São Paulo me encomendou há tempo o seguinte artigo:

A lista de contistas cuja obra aspira à eternidade, indubitavelmente, entre os brasileiros, inclui o grande Guimarães Rosa (1908-1967) e a genial Clarice Lispector (1920-1977), além de Rubem Fonseca (nascido em 1925) e João Antônio (1937-1996) e, por último, mas não menos importante, Lima Barreto (1881-1922). Na literatura ocidental, foram importantes criadores de contos os alemães E.T.A. Hoffmann (1776-1822) e Heinrich Kleist (1777-1811), o francês Prosper Mérimée (1803-1870) e o russo Anton Tchekhov (1860-1904)., que, ao lado do americano Poe e do francês Maupassant, conformaram o conto moderno.
Não que não tenha havido, na Antiguidade ocidental, histórias curtas, cuja tradição na verdade remonta ao Velho Testamento. Na Idade Média, tivemos o “Decâmeron”, do italiano Boccaccio (1313-1375) e os “Contos da Cantuária”, do inglês Chaucer (1340-1400).
O contista mais criativo talvez de toda a história e certamente de todo o século 20 foi o judeu tcheco que escreveu em alemão Franz Kafka (1883-1924). Nos fins do século 19 e particularmente no século 20, consagraram-se contistas de língua inglesa, principalmente americanos, como o inglês Charles Dickens (1812-1870), os americanos Henry James (1843-1916), que se radicou na Inglaterra, e O. Henry (1862-1910) o inglês D. H. Lawrence (1885-1930), a neozelandesa Katherine Mansfield (1888-1923), os americanos Ernest Hemingway (1899-1961), J. D. Salinger (1919-2010), Charles Bukowski (1920-1994) e John Updike (1932-2009).
Não se pode esquecer o imortal italiano Primo Levi (1910-1987), autor dos magistrais contos-meditações de “O sistema periódico”. (R.P.)

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