30 de maio de 2013

Os supostos cantos perdidos da Odisseia

Resenha encomendada pela revista Carta Capital: - Agora, o inventário computadorizado - Já se tornou lugar-comum dizer que a cultura pós-moderna é uma cultura de inventário. Incapazes de criarem como os antigos, os escritores atuais comentam obras do passado, ou fazem variações sobre elas, e apresentam seus comentários e variações como obra de arte. Agora, chegamos ao auge: o inventário computadorizado. O cientista computacional americano Zachary Mason, 35 anos, nascido no famoso Vale do Silício, filho de um policial encarregado de vigiar condenados em liberdade condicional e de uma bibliotecária, está fazendo sucesso com a ficção “Os cantos perdidos da Odisseia”, publicada originalmente nos Estados Unidos em 2007 e agora lançada no Brasi1 pela Companhia das Letras. Ele imagina, por exemplo, que Ulisses casou com Helena, ou a matou, e que Aquiles matava tanto gregos como troianos. Menino-prodígio, Mason entrou na faculdade com 14 anos e fez o seu doutorado aos 19 anos. Usando seus conhecimentos sobre informática, estruturou variações sobre os relatos de Homero, que apresenta como obtidas num papiro antigo. Esse feito da alta matemática está sendo apresentado mundialmente como um enorme passo adiante nas belas-letras. Ver para crer. – RENATO POMPEU

Nenhum comentário: