30 de novembro de 2013
A educação no novo século - 2
Neuropsiedu 2
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A história da educação, do pioneirismo egípcio à aplicação
da ciência pelos árabes, passando pelo filosofismo dos gregos
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Tracey Tokuhama-Espinosa (www.educacionparatodos.com, em castelhano), sabe do que está falando. Ela é doutora em Educação pela Universidade Capella (parte online, parte presencial, com sede em Minneapolis-EUA), com tese em 2008 sobre a nova ciência, mestre em Educação pela Universidade de Harvard, bacharel em Relações Internacionais e Comunicação pela Universidade de Boston. Tem mais de 20 anos de experiência em dar aulas, desde em jardins de infância até em universidades, é professora de Educação e Neuropsicologia na Universidade San Francisco de Quito, coordena programas de treinamento de professores, participa de instituições internacionais.
Ela assinala que questões como o que é importante saber, quem está preparado para ensinar, quem deve ser ensinado e como, assombram os educadores desde que a educação formal foi instituída no Egito antigo a partir de 3000 a.C., com aulas de habilidades de comunicação, linguagem, noções de comércio, agricultura e religião. A primeira biblioteca data do século 7.o a.C., na cidade da Babilônia, no Império Assírio, e seu acervo indica avanços na matemática, leitura e escrita, artes da guerra e da caça. Na China, desde o século 6.o a.C. até hoje, é marcante a influência do sábio Confúcio, que, além dos conhecimentos práticos e teóricos, mandava ensinar o autocontrole e o respeito aos outros e a si mesmo. Já então ele adotava a educação diferenciada: “Ensinai de acordo com a capacidade do estudante”.
Todos sabem da importância educacional dos gregos antigos. Nos séculos 5.o e 4.o a.C., Hipócrates, Sócrates e Aristóteles recomendavam combinar o ensino de habilidades práticas com o estímulo a especulações filosóficas pelos alunos. Os gregos foram pioneiros em pesquisar profundamente como a educação formal influencia a ação humana, mas o fizeram por meio de especulações filosóficas, o que prosseguiu durante séculos depois deles.
Mas, a partir do século 10.o d.C. em plena Idade Média, após milênio e meio de investigação especulativa sobre como conseguir os melhores resultados com a educação, o estudo empírico e os métodos científicos passaram a tomar cada vez mais o lugar da filosofia no que se refere ao ensino e aprendizagem, até passarem a dominar o ramo, como hoje. O pioneiro foi o cientista árabe Alhazen (965-1039), que estabeleceu, pela experimentação, que na verdade o aprendizado se dá a partir da memória das percepções sensoriais, e não a partir dessas próprias percepções, como especulava Aristóteles.
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