22 de outubro de 2013

Deus existe ou não?

Para a revista Carta Capital - Deus existe ou não? - Uma das mais antigas perguntas que os seres humanos se fazem encontra vinte preciosas respostas nesta caixa de dois caprichados volumes lançados pela Alameda. A partir de uma ideia notável do professor universitário de filosofia Plínio Junqueira Smith, doutor pela USP e com pós-doutorado em Oxford, um dos volumes apresenta dez provas da existência de Deus, formuladas ao longo dos séculos por Aristóteles, Cícero, Sexto Empírico, Agostinho, Anselmo, Tomás de Aquino, Descartes, Malebranche, Berkeley e Hume. O outro volume apresenta dez provas da inexistência de Deus, por Bayle, Diderot, Meslier, Kant, Feuerbach, Nietzche e Faure, além de Sexto Empírico, Cícero e Hume – que, antecedendo Junqueira Smith, apresentaram provas tanto da existência quanto da inexistência de Deus. Curiosamente, a prova mais antiga, na coletânea, da existência de Deus, do século 4.o antes de Cristo, não tem conteúdo religioso, mas rigorosamente racional e científico. É de autoria de Aristóteles, que constata que no mundo tudo está em permanente movimento, e, portanto, deve existir um primeiro motor que dá origem a todo esse movimento. A esse primeiro motor, Aristóteles dá o nome de Deus. Já Santo Anselmo, no século 11, defende a tese de que, no Universo, deve existir algo que seja maior do que tudo, não sendo possível conceber que exista alguma coisa maior do que essa que é maior do que tudo. Esse maior do que tudo é Deus. De outro lado, também é curioso que as provas da inexistência de Deus são todas filosóficas, não havendo nenhuma proveniente da observação do mundo material, como fez Aristóteles para provar que Deus existe. As provas mais importantes da inexistência de Deus são, significativamente, oriundas do Iluminismo do século 18: Diderot postula que um Deus perfeito não poderia ter criado um mundo tão imperfeito. Já Kant defende que Deus é apenas um postulado da razão pura, uma simples ideia, não podendo de modo nenhum ser provada a sua existência fora do pensamento puro. Fazendo um balanço dos dois tipos de respostas, o que se pode dizer é que, para quem tem fé, Deus existe; para quem não tem fé, Deus não existe. Não se pode provar que Deus existe – pois aquilo que podemos provar que existe, mais cedo ou mais tarde será algo que poderemos mudar por nossas ações sobre esse algo, e isso inequivocamente mostraria que esse algo não é Deus. Por outro lado, também não podemos provar que Deus não existe, mesmo porque pode haver seres mais inteligentes do que nós em planetas de outras galáxias, que podem ser onipotentes, oniscientes e, até mesmo, onipresentes. – RENATO POMPEU

2 comentários:

analuiza disse...

É uma questão de fé. De acreditar em amar.

Iatrost disse...

Em primeiro lugar, devemos respeitar a opinião de cada individuo.
Não digo que Deus não exista, mas aquele Deus em que todos creem há milhares de anos, talvez não seja exatamente como imaginam.
Hoje, já é comprovada a existência de seres que nos visitam diariamente em vários pontos do planeta e há milhares, sim, há milhares de anos; extraterrestres.
E se o que os antigos viram na verdade fosse uma tecnologia não compreendida.
Só um exemplo, lá do começo; o fogo.
É fácil entender que eles teria visto o fogo no começo por meio de raios causados por temporais. E é provado que eles iniciavam o fogo por meio de atrito entre duas peças de madeira.
Então vem a pergunta:
de onde eles tiraram a informação de que o fogo se propagaria desta forma? Do nada? Não, eles foram instruídos. Por que se leva algum tempo até conseguir fogo por meio de atrito. Quem? Um Deus, mas um Deus extraterrestre.
Este é apenas um exemplo para se refletir. E nem vou começar sobre o assunto: pirâmides e seus alinhamentos perfeitos.