31 de outubro de 2013
Trabalho de história: heranças atuais do Egito e Mesopotâmia antigos
Unidade 01
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Primeira questão - O que o estudo de outras sociedades distantes em termos cronológicos pode revelar a respeito de nós mesmos, a respeito por exemplo de religião e de linguagem, é que, na esmagadora maioria dos casos sem saber, somos herdeiros de culturas antigas de cuja existência no mais das vezes nem sabemos imaginar. No caso do Egito Antigo, herdamos deles o monoteísmo predominante em nossa sociedade; a concepção de que depois da morte cada pessoa é julgada e tem um destino bom ou mau segundo se tenha comportado bem ou mal em vida, concepção também predominante em nossa sociedade.
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Segunda questão – A ocupação da Bacia do Nilo a partir de 8000 a.C. se deu por meio do cultivo das terras fertilizadas pelos sedimentos trazidos pelas cheias do rio. Tinha ocorrido um aquecimento do planeta que levara à desertificação das terras dos dois lados do Vale do Nilo, o que levou a uma grande concentração de população, antes espalhada por vasto território, na área mais restrita do Vale. Tornou-se praticamente obrigatório o abandono da caça e coleta antes dominantes pela agricultura e pecuária mais produtivas na área habitável agora bem menor, para manter uma população equivalente à antes espalhada por uma área muito menor.
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Terceira questão – A religião e a organização do Estado no Egito Antigo estavam estreitamente ligadas, em primeiro lugar, pelo fato de o chefe de Estado e de governo, o faraó, ser considerado uma divindade do panteão egípcio. As leis religiosas e as leis do Estado se confundiam. Além disso, os sacerdotes constituíam uma camada até mais influente do que a burocracia estatal e o estamento militar. Tanto assim que derrotaram o faraó Akhenaton, que queria substituir a antiga religião pelo monoteísmo.
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Quarta questão – A escrita ideogramática era baseada em “letras” que na verdade eram desenhos estilizados do objeto ou do conceito que simbolizavam, havendo assim uma “letra” para cada objeto e para cada conceito, ou seja, havia milhares de “letras”, como até hoje acontece nas escritas chinesa e japonesa. Ao longo de milênios, algumas dessas letras foram sendo aplicadas como semifonéticas, ou seja, ao invés de se criar um novo símbolo para outra palavra, se juntavam as letras que simbolizavam palavras de som semelhante. Por exemplo, o símbolo que indicava “leo”, leão, foi utilizado para expressar parte do nome de “Cleópatra”. A partir disso surgiram as letras que simbolizavam cada som da língua, surgindo alfabetos fonéticos bem simples, sempre com menos de trinta letras. Até hoje, nos alfabetos fonéticos semíticos, o nome da letra equivalente ao “a” é “Aleph”, palavra que significa boi, sendo o desenho da letra uma cabeça de boi estilizada. Isso se repete nas demais letras, como “Bet”, b, que significa “casa”; “ghimel”, g, que significa “camelo”, o que influenciou até os nomes gregos das letras, alfa, beta, gama.
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Unidade 02 -
Primeira questão – Após a introdução da agricultura sedentária na área banhada pela Bacia do Nilo, nessa região foram surgindo cidades que logo formaram duas grandes federações, no Norte e no Sul, que acabaram se unificando num único Estado. A unidade política de todo o Egito é uma das marcas principais dessa região, se tendo mantido incólume, até hoje e durante milênios, essa unidade política característica do Egito.
Segunda questão – A ideia de que após a morte a alma da pessoa era julgada para se decidir que destino teria, inexistente no judaísmo (em que os fiéis são recompensados ou punidos ainda em vida), passou da cultura egípcia para a cultura helenizada do Oriente Médio e, desta, diretamente para o cristianismo. Essa ideia do julgamento após a morte já existia no politeísmo egípcio, que assim acabou influenciando o cristianismo, dúbio em seu monoteísmo, já que Deus se manifesta na Santíssima Trindade, enquanto o monoteísmo egípcio de Akhenaton, origem remota de todos os monoteísmos, era muito mais rigoroso quanto à figura do Deus Único.
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Unidade 03 -
Primeira questão – Enquanto o Egito logo se unificou num único Estado, e assim permaneceu durante milênios, a Mesopotâmia nunca esteve unificada politicamente, sendo constituída de grande número de cidades-Estado e de reinos, e de sucessivos impérios que nunca conseguiram dominar todo o território. Cada império convivia com pelo menos outro império, como o assírio ao Norte e o babilônico ao Sul.
Segunda questão – A pirâmide, conforme o seu próprio nome indica, é constituída num corpo só, um corpo piramidal regular conforme consta da geometria dos sólidos. Já o zigurate é uma edificação composta de patamares, sendo cada patamar de baixo um tanto maior do que o patamar imediatamente acima. A semelhança entre a pirâmide e o zigurate consiste em que ambos são muito maiores na base do que no seu pináculo.
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Unidade 03 -
Primeira questão – Os indivíduos que vivem em sociedade, mesmo os animais, como as formigas e os macacos, têm de respeitar regras de conduta, pois se forem livres para fazer o que bem entenderem podem muito bem chegar ao extermínio mútuo. No caso das formigas, essas regras estão embutidas em seus códigos genéticos, de modo que até mesmo o seu corpo está relacionado à função que exercem; a rainha é fértil, as operárias são estéreis. No caso dos seres humanos, essas regras são conscientes e estabelecidas por consenso e/ou imposição, como é o caso da divisão do trabalho. Na medida em que a sociedade vai se tornando mais complexa, o número de regras vai aumentando, aos milhares e aos milhões. Na sociedade dos tempos bíblicos, por exemplo, aos Dez Mandamentos se acrescentavam centenas de outros preceitos, por exemplo, no Levítico. Somos herdeiros do primeiro conjunto organizado e sistemático de leis até agora conhecido, o Código de Hamurábi. Este estabelecia desde as penas para casos de homicídio e estupro até as multas para o não cumprimento dos contratos. Interessante é notar que, já naqueles tempos, o Estado, encarnado na figura de seu chefe, aparecia como o protetor dos mais fracos, nos contratos particulares, como as viúvas, as crianças e os simples trabalhadores manuais, em relação às partes mais fortes.
Segunda questão – Sobre a escrita cuneiforme, aprendi que ela, no seu desenvolvimento, passou de totalmente ideogramática para parcialmente fonética. Dela, e não dos hierogramas egípcios, derivam as letras do nosso alfabeto. Por exemplo, o “a” deriva de uma bola com dois “chifres”, pois inicialmente isso era um ideograma que designava a palavra “boi”, nome (Aleph) até hoje da letra “a” nas línguas semíticas.
Terceira questão – A grande lição de Gilgamesh, em geral, é de como o ser humano tem de enriquecer cada momento de sua vida, pois esta é efêmera. Em seu texto vemos ainda uma primeira versão de várias histórias, baseadas ou não em fatos reais, que vivem ainda em nossa cultura, como a história do Dilúvio Universal.
Creio que as respostas às Questões Autoavaliativas já constituem a síntese estabelecida para o trabalho de conclusão deste curso de extensão.
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